sábado, 19 de janeiro de 2013

QUEM SOMOS



Legenda: Beth, Martinho (pai da Beth) e Camilo.

Elizabeth Martins de Oliveira, nasceu em 10 de novembro de 1980, na cidade de Belo Horizonte/MG. Formada em Administração em Marketing. Neta do Coronel José Geraldo de Oliveira. 

Martinho Marques de Oliveira, 8° filho do Coronel, nasceu em 8 de dezembro de 1950, na cidade de Divinópolis/MG. Foi mascote da Polícia Militar em Montes Claro pelo 10º Batalhão (1959) e pelo 5º Batalhão de Belo Horizonte em 1961. Aposentado pela Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais. 

José Camilo Marques de Oliveira, filho caçula de José e Zizi, nasceu em 11 de setembro de 1960. Formado em História.

O coronel

José Geraldo de Oliveira

Nasceu em Bom Despacho no dia 16 de outubro de 1914. Fez o curso secundário em Congonhas do Campo, no Colégio dos Padres Redentoristas.

Transferindo-se para a Holanda, em 1933, com 19 anos de idade, cursou Filosofia. Os padres redentorista percebendo que não tinha aptidões para ser padre fez com que retornasse ao Brasil em 1935, já com 21 anos. Neste ano, no dia 11 de setembro, foi contratado como 2 (segundo) tenente Professor da Escola Regimental do 7 (sétimo) Batalhão, em Bom Despacho, conforme despacho do Sr. Governador do Estado de Minas Gerais (1933 à 1945), Benedito Valadares Ribeiro, tomando posse no dia 17/10/1935, exercendo essa função até o ano de 1937.

Exonerando-se a 25 de junho de 1937, assentou praça no 7° Batalhão, em Bom Despacho, a fim de cursar o Departamento de Instrução, onde se matriculou em 1938.

Casou-se, aos 22 anos de idade, com Maria Marques Diniz em 09 de abril de 1937.

Foi promovido pelo Sr. Cel. Alvino Alvim de Menezes, comandante Geral da Polícia Militar de Minas Gerais, ao posto de 2° cabo, na vaga existente no 7° Batalhão de Bom Despacho em 28 de julho de 1937, (aos 22 anos).

Em 1938 matriculou-se no Curso de Formação de Oficiais, no Departamento de Instrução.
Como 3° Sargento, foi promovido pelo Sr. Cel. Alvino Alvim de Menezes, comandante Geral da Polícia Militar de Minas Gerais, ao posto de Aspirante a oficial, por ter sido habilitado com o Curso de Formação de Oficiais, do Departamento de Instrução, em 07 de dezembro de 1940, (aos 26 anos).
Promovido pelo Senhor. Governador do Estado de Minas Gerais (1933 à 1945), Benedito Valadares Ribeiro, ao posto de 2° Tenente em 01 de novembro de 1943, (aos 29 anos).

Promovido pelo Interventor Federal no Estado de Minas Gerais, Desembargador Nísio Batista de Oliveira, ao posto de 1° Tenente em 17 de dezembro de 1945, (aos 31 anos).

Bacharelou em Direito, pela UMG (Universidade de Minas Gerais), em 1948.
Promovido ao posto de Capitão, por merecimento, em 08 de dezembro de 1949.
Nomeado Delegado Especial em Divinópolis em 25 de setembro de 1950 até 09 de fevereiro de 1951.
Promovido ao posto de Major em 09 de abril de 1954.
Foi também Ajudante de ordem do Coronel Saraiva, quando Comandante Geral da Polícia Militar de Minas Gerais e dos Coronéis Brandão e Vargas, vindo a ocupar as funções de Chefe de Gabinete do Comando Geral, Cel. Nélio Cerqueira Gonçalves, em 25 de abril de 1955 a 26 de agosto de 1955 (aos 41 anos).

Por ordem do Comandante Geral da Polícia Militar de Minas Gerais, Cel. Manoel Assumpção de Souza, em 03 de setembro de 1957, assume as funções de Delegado Especial de Polícia de Corinto, com sede nas obras de Três Maria.

Em 01 de outubro de 1957 (aos 43 anos) assume o comando do 10° Batalhão de Montes Claros, das mãos do Capitão Aderbal Correa Silva.

Promovido, por merecimento, pelo Senhor. Governador do Estado de Minas Gerais (1956 a 1961), José Francisco Bias Fortes, ao posto de Tenente Coronel, em 21 de abril de 1959, (aos 45 anos)
No dia 14 de agosto de 1959 (aos 45 anos) assume o Comando do 5° Batalhão de Infantaria (5° BPO) recebendo-o do Major Altivo Ribeiro Soares.

Em 24 de maio de 1960 é colocado à disposição a pedido do General de Exército Nelson de Mello Chefe do Gabinete Militar da Presidência da República.

A partir do dia 01 de fevereiro de 1961 é colocado à disposição do Secretário de Estado de Negócios do Interior e Justiça, Senhor Oswaldo Pieruccetti, nas funções de Assistente Militar, pelo Governador do Estado de Minas Gerais, Senhor José de Magalhães Pinto.

A partir do dia 06 de maio de 1961 é colocado à disposição da Coordenação do Desenvolvimento Econômico do Estado.

Em 21 de agosto de 1961, foi nomeado pelo Governador José de Magalhães Pinto, Comandante do DI - Departamento de Instrução.

Promovido, por merecimento, pelo Senhor Governador do Estado de Minas Gerais (1961 à 1966), José de Magalhães Pinto, ao posto de Coronel, em 10 de outubro de 1961, (aos 47 anos).
Nomeado pelo Senhor Governador do Estado de Minas Gerais (1961 à 1966), José de Magalhães Pinto, para exercer o cargo, em comissão, de Comandante Geral da Polícia Militar de Minas Gerais, em 29 de março de 1962 e empossado em 30 de março de 1962, (aos 48 anos).

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Reportagem: Jornal Opinião - 25 anos Depois

JORNAL OPINIAO
MARÇO DE 64, 25 ANOS DEPOIS
Belo Horizonte, de 26/3 a 1/4/89.

Esquerda e Direita confessam: a revolução de 64 foi um equivoco
Francisco de Assis Pinheiro;

Antes de assumir, Castello Branco garantiu que somente ficaria na Presidência até as eleições marcadas para 65.
Dois caminhos de mesma viagem. A viagem que começou a 25 anos, no dia 31 de março de 1964, num trem que os maquinistas tentaram descarrilar e que hoje, a poucos meses das eleições diretas para Presidente, o povo faz voltar aos trilhos. A história e assim: um trem que segue um caminho tortuoso, com longos túneis escuros e passagens turbulentas e perigosas. Mas o trem de ferro, imagem forte da paisagem mineira, segue o rumo da esperança. O Coronel Jose Geraldo de Oliveira, ex-comandante da PM, conta o seu lado, reconhecendo descaminhos com rara honestidade. No vagão popular, o ex-líder dos bancários de Belo Horizonte, Antonio Faria, cultiva paciência e renova a sua fé. Valeu a pena?
 


Coronel Jose Geraldo: o erro
“Foi um engano. Foi um lamentável equivoco. Se eu soubesse que o movimento de 64 iria dar no que deu, no que vejo hoje, não teria tomado parte dele. Jamais faria o que fiz outra vez. Durante dois anos preparei a Policia Militar de Minas Gerias para uma Revolução que vencesse a corrupção e a subversão.
Hoje, 25 anos depois, sei que o que aconteceu foi um golpe. O movimento nos conduziu a aquilo que temíamos. A Corrupção tomou conta de Minas e do Brasil. Fomos meros serviçais dos magnatas. A cada dia eles se tornaram mais ricos e o povo ficou cada vez mais pobre”.
 A importância deste depoimento deve-se ao fato de ser do Coronel Jose Geraldo de Oliveira, Comandante da Policia Militar de Minas Gerais de 1962 a 1966, um dos mais importantes lideres militares do movimento de 1964. Para que se tenha uma idéia da importância da PM de Minas naquela época, basta lembrar que a corporação contava com um efetivo de 20 mil homens bem treinados, enquanto que o Exercito não dispunha de mais do que 4 mil soldados em todo o Estado, a maioria rapazes que protestavam o serviço Militar Obrigatório.
 
Magalhães Pinto conspira
 
Foi em março de 1962 que o Coronel Jose Geraldo de Oliveira assumiu o Comando Geral da PM mineira. Em sua primeira conversa com o governador Magalhães Pinto, sua missão ficou bem clara: “estou convencido de que o Brasil não sairá da situação em que se encontra a não se pela força das armas, portanto prepare a PM para isto”, avisou o governador, segundo relata o Coronel. “Fiquei orgulho por que sentia que, mais do que um comandante da PM, surgiria diante de mim uma missão da maior importância”, recorda-se o Coronel, revelando que, a partir daquele momento iniciou um longo trabalho de preparação do golpe.
O Coronel Jose Geraldo de Oliveira, hoje um pacato chefe de família, com 75 anos, pai de 11 filhos e com 30 netos, morador em uma casa modesta no bairro Santa Efigênia, Belo Horizonte, não pensava em golpe militar. “estávamos convencidos de que tratava-se de uma Revolução – garante ele – única forma de tirar o pais da situação em que estava. Aceitei minha missão com a consciência voltada para o velho ditado romano – “salus populi, suprema lex est”: a salvação do povo e a lei suprema”.
Para ele o descaminho começou com a renuncia do Presidente Jânio Quadros: “Foi o maior desserviço que um cidadão já pode prestar a Pátria; traição mesmo”. Com a ascensão de João Goulart ao poder e o crescimento das forças populares, de esquerda, o clima esquentou. As denuncias acumuladas de corrupção, desde governos passados, forjaram o comportamento de muitos militares, segundo o Coronel.
 
Providencial Missão
 
Desde o aviso do governador Magalhães Pinto, o Coronel Jose Geraldo de Oliveira não teve mais descanso. Percorria centenas de municípios mineiros, visitava batalhões, fazia preleções, enfim “preparava os espíritos de oficiais e soldados para a providencial missão da PM, o destino glorioso de um dia podermos oferecer a nossa vida pela pátria”, como ele próprio relata.
Ao assumir a PM, o Coronel controlava um contingente de 10 mil soldados. Dois anos mais tarde, em abril de 64, a tropa havia duplicado. Além do aumento em seus quadros, a PM mineira crescia em unidade de pensamento revolucionário e em sua forte disciplina hierárquica. O próprio general Carlos Luis Guedes, Comandante das Tropas Infantaria Divisionária 4, a ID-4 de Belo Horizonte, dizia ao Coronel Jose Geraldo que a tropa de combate seria a tropa da PM. “Nas tropas armadas – lembra o Coronel – havia muitos problemas. Havia comandos revolucionários e comandos leais ao presidente João Goulart. Em 63 já era visível a inversão da hierarquia nas Forças Armadas em vários pontos do Pais. Sargentos e cabos desrespeitavam ordens de oficiais. Pelo contingente e pela disciplina, eu sabia que cabia a PM um importante papel na Revolução. No dia marcado, por exemplo, o 11º. Regimento do Exercito, de São João Del-Rey, marchou sem 60 sargentos, cabos e soldados. A unidade militar de Três corações, inteira, não aderiu”.
 
Tiradentes – a senha
 
“Falar sobre revolução e fácil, fazê-la e que é difícil”, lembra o Coronel Jose Geraldo, ao descrever a marcha que detonou o movimento de 64: “No dia 28 de março de 64 participei de uma reunião em Juiz de Fora, onde o general Olimpio Mourão Filho, Comandante da 4ª região Militar, o general Guedes e outras autoridades discutiam a gravidade da situação. Naquela noite eu falei: Se vocês querem fazer a revolução, tem que ser já. Eu, que preparava a PM há dois anos, imaginava que os planos do Exercito estivessem claros e definidos. Eu queria ouvir do general Mourão Filho a definição de quando seria detonado o movimento, qual era a missão da PM, coisas assim. Pedia-lhe um prazo de 24 horas para recolher os soldados de todo o Estado aos quartéis. O general manifestou hesitação e me respondeu: O Senhor faça como achar melhor”.

No dia 29, o coronel Jose Geraldo chamou a sala do Comando o chefe de seu Estado Maior. Coronel Afonso Barsante. Eram 6 horas da tarde e a ordem era distribuir a todos os comandos um envelope lacrado, contendo os planos e missões de cada unidade. Os envelopes só poderiam ser abertos quando viesse a senha do Comandante: “Tiradentes e nosso patrono”. O dia 30 amanheceu com a PM ocupando todos os depósitos de combustível de Estado e requisitando todos os meios de transporte em circulação, caminhões e ônibus.

‘Quando reuni o Alto Comando e anunciei nossa missão, muitos se surpreenderam. Eu guardava forte segredo do assunto. Mas um oficial começou a rir. Dei um soco na mesa e adverti que não estava brincando: ou assumia ele a missão, ou seria até fuzilado”, lembra o Coronel.
 
Magalhães não assumiu
 
Para o Coronel José Geraldo de Oliveira, tudo começou a falhar no próprio dia 31. “Foi uma surpresa o sucesso da operação. Estávamos preparados mesmo para uma guerra e isto não aconteceu. A noite, muitos populares já comemoravam a vitória em frente ao Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte. Eu conversava com o governador Magalhães Pinto, no jardim do Palácio e lhe dizia: assuma a presidência, Magalhães. Mas ele disse que só o faria com o apoio total das Forças Armadas. E não quis ir buscar este apoio em Brasília. Ai as coisas começaram a seguir outros rumos afirma.
 
O Marechal Castello Branco, antes de assumir, reuniu-se com lideranças políticas e garantiu que somente ficaria na Presidência até o dia das eleições marcada para 65. A Juscelino Kubitschek, ele garantiu: “estas mãos não assinarão a sua cassação”, relata o coronel. O regime militar durou 25 anos e JK foi um dos primeiros políticos a ver casados dos seus direitos políticos.

 


quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Revolução de 1964


De acordo com a wikipedia, a Revolução de 1964 designa o conjunto de eventos ocorridos em 31 de março de 1964 no Brasil, e que culmiram no dia 1 de abril de 1964, com um golpe de estado que encerrou o governo do presidente João Belchior Marques Goulart, conhecido também como Jango.

Aos amigos e familiares

A todas as pessoas interessadas em resgatar a memória do saudoso Coronel José Geraldo de Oliveira
O "Blog Memorial Cel. José Geraldo de Oliveira" tem como objetivo resgatar a memória do falecido Coronel José Geraldo em toda sua trajetória de vida, desde os tempos de seminarista, em Congonhas do Campo, passando pela gloriosa Polícia Militar de Minas Gerais, até galgar o posto de Comandante Geral da PMMG e como homem público, exercendo as atribuições de Deputado Estadual na Assembleia de MG. Para isso é necessário a participação de todas as pessoas que por ventura tiveram algum contato com o mesmo e que possa contribuir com relatos, fotos, documentos e depoimentos, com a finalidade de manter viva a memória deste grande brasileiro, patriota e fervoroso cristão.
 
 

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Comandante Geral da PM


Antes de exercer o cargo de Comandante geral, comandou o 10º Batalhão de Montes Claros, o Batalhão de Policiamento Ostensivo de Belo Horizonte e o Departamento de Instrução. Foi agraciado com várias medalhas e condecorações, dentre as quais: Medalha de “Mérito Militar”; a Medalha “ Hermes da Fonseca”; a Medalha do “Pacificador”, esta ultima conferida a 31 de julho de 1963, pelo Ministro da Guerra, em solenidade realizada no Gabinete do Comando Geral com a presença de altas patentes do Exercito e Aeronáutica. A grande Medalha da Inconfidência, a Medalha de Ouro de Mérito Militar e outras.

Em 1962 assumiu o Comando Geral da Policia Militar, por convocação do Governador do Estado, Dr. José de Magalhães Pinto.